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1.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(3): 837-846, mar. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1153841

RESUMO

Resumo O objetivo do presente estudo foi avaliar desigualdade racial na atenção ao parto e ao nascimento na Rede Cegonha utilizando indicadores de boas práticas e intervenções obstétricas. Desigualdade racial, mensurada pelo efeito total da raça/cor no modelo sem ajuste, foi detectada em muitos indicadores. A persistência do efeito direto, após ajuste para os mediadores idade, escolaridade, paridade, hospital de alto risco e região geográfica, sugere discriminação racial contra as pretas, que tiveram menos partograma preenchido (RP 0,88; IC 95% 0,80-0,95). Comparadas às brancas, as pretas ficaram menos em litotomia (RP 0,93; IC95% 0,89-0,98), realizaram menos episiotomia (RP 0,81; IC95% 0,68-0,96) e tiveram menos dor na sutura da episiotomia (RP 0,66; IC95% 0,51-0,87), sugerindo que boas práticas estariam sendo mais realizadas nas pretas. Entretanto, pelo modelo intervencionista de assistência, ainda adotado por muitos profissionais, essas práticas são de rotina e a menor realização delas nas pretas seria melhor interpretada como evidência de discriminação racial a essas mulheres. Para outros desfechos, o efeito da raça/cor desapareceu após o ajuste para mediadores, sugerindo atenuação ou desaparecimento do efeito da cor da pele em algumas práticas/intervenções na assistência ao parto e nascimento.


Abstract This study aimed to evaluate the racial inequality on childbirth care at the Rede Cegonha (Stork Network) using obstetric good practice and interventions indicators. Racial inequality, measured by the total effect of ethnicity/skin color in the crude model, was seen in many indicators. After adjusting for mediators, such as age, schooling, parity, high-risk hospital, and geographic macro-regions, the persistent direct effect suggests racial discrimination against black women with lower partograph completion (PR 0.88; 95% CI 0.80-0.95). Black women stayed less in lithotomy (PR 0.93; 95% CI 0.89-0.98), performed less episiotomy (PR 0.81; 95% CI 0.68 - 0.96), and had less episiotomy suturing pain (PR 0.66; 95% CI 0.51 - 0.87) when compared to white women, suggesting more good practice applied to black women. However, according to the interventionist care model still adopted by many professionals, these practices are routine, and lower achievement in black women would be better interpreted as evidence of racial discrimination against these women. For other outcomes, the ethnicity/skin color effect disappeared after adjusting for mediators, suggesting mitigation or disappearance of the skin color effect in some practices/interventions in childbirth.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Trabalho de Parto , Parto Obstétrico , Parto , População Branca
2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(3): 875-886, mar. 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1153844

RESUMO

Resumo O objetivo deste estudo é avaliar o local de nascimento dos prematuros com menos de 34 semanas gestacionais segundo tipo de serviço de assistência neonatal em maternidades da Rede Cegonha, bem como estimar os fatores maternos associados ao local de nascimento não apropriado para idade gestacional. Estudo seccional, de âmbito nacional, realizado em 2016/2017, para avaliação de estabelecimentos com plano de ação da Rede Cegonha. Foram analisadas informações de 303 puérperas e os respectivos locais de ocorrência do parto. Os recém-natos foram classificados segundo a idade gestacional ao nascer (< 30 e 30 a 33 semanas) e os serviços de saúde como unidade de cuidados intensivos neonatais, cuidados intermediários, sem serviço de cuidados neonatais. A portaria ministerial nº 930/2012 foi utilizada para classificar o local de nascimento como apropriado para a idade gestacional do recém-nato. A prevalência de nascimento pré-termo com menos de 30 semanas gestacional foi 37,3 e entre 30 e 33 semanas de 66,8. O nascimento em serviços não apropriado para a idade gestacional do recém-nascido ocorreu em 6,3%, com importantes diferenças regionais e sociais. Apesar dos avanços ainda persistem inequidades no acesso aos cuidados neonatais de prematuros na Rede Cegonha.


Abstract This study aims to evaluate the birthplace of preterm infants with less than 34 gestational weeks at birth by type of neonatal care service in maternity hospitals of the "Rede Cegonha" and estimate the maternal factors associated with the inadequate place of birth for gestational age. This national cross-sectional study was performed in 2016/2017 to evaluate health establishments with the Rede Cegonha's action plan. Information was analyzed from 303 puerperae and the respective health establishments of their births. Newborns were classified by gestational age at birth (<30 and 30-33 weeks) and health establishments as hospitals with neonatal intensive care service, hospitals with intermediate neonatal care service, and hospitals without neonatal care service. Ministerial Ordinance N° 930/2012 was used to classify the birthplace as appropriate for the newborn's gestational age. Preterm birth prevalence was 37.3 at less than 30 weeks' gestation and 66.8 at 30-33 weeks. Birth in inappropriate services for the newborn's gestational age occurred in 6.3%, with significant regional and social differences. Inequalities in access to neonatal care for preterm infants persist in the "Rede Cegonha" despite advances.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Recém-Nascido , Lactente , Nascimento Prematuro , Maternidades , Brasil/epidemiologia , Recém-Nascido Prematuro , Estudos Transversais , Idade Gestacional , Parto
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(7): e00223018, 2019. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1011703

RESUMO

Resumo: Este artigo tem como objetivo descrever os primeiros resultados de dois estudos avaliativos, um sobre a Rede Cegonha e outro sobre o projeto Parto Adequado, denominados, respectivamente, de avaliação da Rede Cegonha e Nascer Saudável, e identificar possíveis melhorias em comparação ao estudo Nascer no Brasil. Ambos os estudos têm desenho seccional, realizados em 2017. O estudo avaliação da Rede Cegonha incluiu todas as 606 maternidades públicas e mistas envolvidas na Rede Cegonha e um total de 10.675 puérperas. O estudo Nascer Saudável incluiu uma amostra de conveniência de 12 hospitais da rede privada e um total de 4.798 mulheres. Os indicadores de atenção ao parto e nascimento avaliados foram: presença de acompanhante, atendimento por enfermeira obstétrica, preenchimento de partograma, uso de métodos não farmacológicos, deambulação, alimentação, uso de cateter venoso periférico, analgesia, posição da mulher para o parto, episiotomia e manobra de Kristeler. Esses indicadores foram comparados aos encontrados no Nascer no Brasil, estudo de base nacional realizado em 2011-2012, antes do início dos dois programas de intervenção. Para as comparações utilizamos o teste do qui-quadrado para amostras independentes e nível de 95% de confiança. Houve um aumento significativo do número de mulheres com acesso à tecnologia apropriada ao parto entre os anos de 2011 e 2017 e redução de práticas consideradas prejudiciais. No setor privado, observou-se também redução nas taxas de cesariana e aumento da idade gestacional ao nascer. Os resultados deste estudo mostram que políticas públicas bem conduzidas podem mudar o cenário da atenção ao parto e nascimento, promovendo a redução de desfechos maternos e neonatais negativos.


Resumen: El objetivo de este artículo es describir los primeros resultados de dos estudios evaluativos, uno sobre la Red Cigüeña y otro sobre el proyecto Parto Adecuado, denominados respectivamente como evaluación de la Red Cigüeña y Nacer Sano, e identificar posibles mejorías en comparación con el estudio Nacer en Brasil. Ambos estudios tienen un diseño transversal, realizados en 2017. El estudio evaluación de la Red Cigüeña incluyó todas las maternidades públicas (606) y mixtas implicadas en la Red Cigüeña y a un total de 10.675 puérperas. El estudio Nacer Sano incluyó una muestra de conveniencia de 12 hospitales privados y a un total de 4.798 mujeres. Los indicadores de atención al parto y nacimiento evaluados fueron: presencia de acompañante, atención por enfermera obstetra, cumplimentación de partograma, uso de métodos no farmacológicos, deambulación, alimentación, uso de catéter venoso periférico, analgesia, posición de la mujer para el parto, episiotomía y maniobra de Kristeler. Estos indicadores se compararon con los encontrados en Nacer en Brasil, un estudio a nivel nacional, realizado en 2011-2012, antes del inicio de los dos programas de intervención. Para las comparaciones utilizamos el test del chi-cuadrado para muestras independientes y nivel de confianza de un 95%. Hubo un aumento significativo del número de mujeres con acceso a la tecnología apropiada para el parto entre los años de 2011 y 2017 y una reducción de las prácticas consideradas perjudiciales. En el sector privado, se observó también una reducción en las tasas de cesárea y aumento de la edad gestacional al nacer. Los resultados de este estudio muestran que las políticas públicas bien dirigidas pueden cambiar el escenario de la atención al parto y nacimiento, promoviendo la reducción de desenlaces maternos y neonatales negativos.


Abstract: This article aims to describe the preliminary results of two evaluations studies, one about the Stork Network program and the other about the Adequate Birth program, called Stork Network Assessment and Healthy Birth, and to identify possible improvements in comparison to the Birth in Brazil study. Both studies used a cross-sectional design and were conducted in 2017. The Stork Network Assessment study included all 606 public and mixed maternity hospitals from the Stork Network and a total of 10,675 postpartum women. The Healthy Birth study included a convenience sample of 12 private hospitals and 4,798 women. Indicators of labour and childbirth care were: presence of a companion person, care by obstetric nurse, use of partograph, use of non-pharmacological methods, walking during labor, eating, use of peripheral venous catheter, position for delivery, episiotomy, and Kristeller maneuver. The indicators were compared to those verified in Birth in Brazil, a nationwide population-based study in 2011-2012, before the start of the two intervention programs. Comparisons used the chi-square test for independent samples and 95% confidence interval. There was a significant increase in the number of women with access to appropriate technology for labour and childbirth from 2011 to 2017 and a reduction in harmful practices. The private sector also showed a decrease in cesarean rates and an increase in gestational age at birth. The study's results show that properly conducted public policies can change the scenario of care for labor and childbirth, helping to reduce in negative maternal and neonatal outcomes.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Criança , Adolescente , Adulto Jovem , Avaliação de Resultados em Cuidados de Saúde , Parto Obstétrico/estatística & dados numéricos , Saúde Materna/estatística & dados numéricos , Apoio Social , Brasil , Trabalho de Parto , Cesárea/tendências , Cesárea/estatística & dados numéricos , Idade Gestacional , Assistência Perinatal/tendências , Assistência Perinatal/estatística & dados numéricos , Parto Obstétrico/métodos , Parto Obstétrico/tendências , Estudos de Avaliação como Assunto , Saúde Materna/tendências , Dados Preliminares , Maternidades , Enfermeiros Obstétricos/estatística & dados numéricos
4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 21(7): 2061-2070, Jul. 2016. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-785909

RESUMO

Resumo Este artigo traçou o perfil da população feminina encarcerada que vive com seus filhos em unidades prisionais femininas das capitais e regiões metropolitanas do Brasil bem como as condições e as práticas relacionadas à atenção à gestação e ao parto durante o encarceramento. O presente estudo é uma análise de série de casos proveniente de um censo nacional realizado entre Agosto de 2012 e Janeiro de 2014. A população incluída nesta análise foi de 241 mães, sendo 45% com menos de 25 anos de idade, 57% de cor parda, 53% com menos de oito anos de estudo e 83% multíparas. No momento da prisão, 89% das mulheres já estavam grávidas e dois terços não desejou a gravidez atual. O acesso à assistência pré-natal foi inadequado para 36% das mães. Durante o período de hospitalização 15% referiram ter sofrido algum tipo de violência (verbal, psicológica ou física). O atendimento recebido foi considerado excelente por apenas 15% das mães. Foi baixo o suporte social/familiar recebido e o uso de algemas na internação para o parto foi relatado por mais de um terço das mulheres. Piores condições da atenção à gestação e ao parto foram encontradas para as mães encarceradas em comparação às não encarceradas, usuárias do SUS. Este estudo também evidenciou violações de direitos humanos, especialmente durante o parto.


Abstract The high vulnerability of incarcerated women is worsened when they are pregnant and give birth during imprisonment. This article traces the profile of incarcerated women living with their children in female prison units of the capitals and metropolitan regions of Brazil and describes pregnancy and childbirth conditions and healthcare practices while in incarceration. This study is an analysis of a series of cases resultant from a national census conducted between August 2012 and January 2014. This analysis included 241 mothers. Of these, 45% were younger than 25 years old, 57% were dark skinned, 53% had studied less than eight years and 83% were multiparous. At the time of incarceration, 89% were already pregnant and two thirds did not want the current pregnancy. Access to prenatal care was inadequate for 36% of the women. During their hospital stay, 15% referred to having suffered some type of violence (verbal, psychological, or physical). Only 15% of the mothers rated the care received during their hospital stay as excellent. They had low social/familial support and more than one third reported the use of handcuffs during their hospital stay. Incarcerated mothers received poorer healthcare during pregnancy and birth when compared with non-incarcerated users of the public sector. This study also found violations of human rights, especially during birth.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Adulto Jovem , Prisões , Parto Obstétrico , Brasil
5.
Rio de Janeiro; s.n; 2014. 105 p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-745454

RESUMO

Apesar dos esforços brasileiros direcionados à redução da mortalidadeinfantil, algumas regiões ainda permanecem com taxa de mortalidade elevada.Há de se destacar que a maioria desses óbitos poderia ser evitada por meio demelhoria no acesso aos serviços de saúde, na educação materna, ampliaçãodo saneamento básico, dentre outros. Sendo assim, justifica-se a realização deestudos em locais aonde a TMI ainda encontra-se alta, como as regiões Norte,Nordeste e Vale do Jequitinhonha. Este estudo analisará os fatores de riscopara a Mortalidade Infantil e seus componentes, neonatal e pós-neonatal, emmunicípios de pequeno e médio porte dessas regiões, apontando amanutenção das desigualdades regionais e busca de estratégias para reduçãoda mortalidade infantil no país. Trata-se de um estudo caso-controle, realizadode abril de 2010 a março de 2011 em 68 municípios brasileiros. Foramrealizadas 2.772 entrevistas domiciliares que abordavam fatoressocioeconômicos, obstétricos, relacionados ao parto e ao recém-nascido. Naanálise de dados, foram excluídos os indivíduos que apresentassem dadosfaltantes. Para cada componente realizou-se duas regressões logísticasmultivariadas, a primeira incluindo toda população do estudo e a segundaexcluindo as crianças prematuras para identificar os demais fatores de risco.


Sendo assim, foram analisadas 2.630 entrevistas, 734 casos e 1896 controles.Na análise por componente, nota-se que menos “anos de estudo” estiveramassociados aos dois componentes, mesmo quando as crianças prematurasforam excluídas. A gemelaridade e falta de saneamento apresentaram-seassociadas ao componente neonatal, mas esta associação se perdeu quandoas crianças prematuras foram retiradas da análise. Mulheres que relataram corda pele diferente de branca apresentaram proteção para este componente.Variáveis como gemelaridade e local parto estiveram associadas ao óbito pósneonatalmesmo com a retirada das crianças prematuras. Estes resultadosdestacam que nessas regiões, a preocupação e, consequentemente, apromoção de mudanças deve estar além do setor de saúde.


Assuntos
Humanos , Recém-Nascido , Mortalidade Infantil , Mortalidade , Estudos de Casos e Controles , Fatores Socioeconômicos
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